11 de fevereiro de 2012

4ª, 5ª e 6ª aparição

4ª aparição - sexta-feira, 19 de fevereiro 1858


Santa Bernadette não escreveu pessoalmente o relato da quinzena de aparições que começou nesse dia. Redigiu apenas uma relação geral dos ditos e pedidos mais importantes de Nossa Senhora. Por isso, a partir deste ponto, a narração é uma composição de palavras da vidente e fatos testemunhados pelos presentes.

A 4ª aparição foi silenciosa. Bernadette “saudava com as mãos e a cabeça. Dava gosto vê-la. Era como se na vida toda não tivesse feito outra coisa que não fosse aprender a fazer esses cumprimentos”, testemunhou Josèphe Barinque, uma vizinha.

Bernadette tinha um círio bento acesso. Este gesto, copiado em seguida pelos que assistiam às aparições, inspirou o costume atual de levar velas e acendê-las diante da gruta. Nesta quinzena, Nossa Senhora foi ensinando a forma de devoção que Ela queria que se praticasse em Lourdes.


5ª aparição – sábado, 20 de fevereiro 1858

Bernadette chegou a Massabielle por volta das 6:30h. Desta vez, havia cerca de 30 testemunhas. Teve um êxtase de 40 minutos. 

Voltando para casa com sua mãe, confiou-lhe que a Senhora “teve a bondade de ensinar-lhe, palavra por palavra, uma oração somente para ela”. Ela a rezou todos os dias de sua vida, sem nunca revelá-la.


6ª aparição – domingo, 21 de fevereiro 1858

A Dama se apresentou a Bernadette pela manhã, por volta das 7:10h. Cerca de 100 pessoas estavam no local.

A privilegiada vidente escreveu: “Esta rainha misericordiosa me disse também para rezar pela conversão dos pecadores. Ela me repetiu várias vezes essas mesmas palavras”.
Santa Bernadette escreveu mais de uma vez: Nossa Senhora “disse-me também que não me prometia tornar-me feliz neste mundo, mas no outro”.

À tarde, o delegado de polícia Dominique Jacomet submeteu a vidente a um grosseiro e ameaçador interrogatório, exigindo-lhe que se retratasse, sob pena de prisão.

Bernadette não se intimidou e respondeu com segurança, desmontando suas ciladas.

No fim do interrogatório, o policial a proibiu de voltar à gruta.

O pai da vidente cedeu à pressão, e também proibiu.


Segunda-feira – 22 de fevereiro 1858: não há aparição

Nesse dia, soldados foram postos para vigiar os movimentos da vidente, prontos a prendê-la caso regressasse à Gruta de Massabielle. 

O apelo interior foi contudo mais forte, e à tarde ela ali acorreu. Esta sua decisão foi confirmada em confessionário pelo Pe. Pomian. Mas Nossa Senhora não apareceu, e Bernadette parecia desfeita: “Não sei no que eu faltei a esta Dama”.

Porém, no fim do dia a cidade estava em alvoroço e o prefeito achou melhor suspender a proibição.

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